A ficção científica sempre esteve presente em nossas vidas. Considerando o período mais recente, desde que o homem pisou pela primeira vez na Lua, há pouco mais de quatro décadas, até os dias atuais, com as conquistas no campo da tecnologia da comunicação, da imagem, do som... estamos cada vez mais familiarizados com dispositivos como computadores, tablets, telefones celulares, vídeogames, entre tantos outros. Aquilo que um dia foi apenas o sonho de alguns, hoje é uma realidade, e para muitos!
Ano passado, visitei a feira do livro de Brasília, e passeando por um sebo, achei um livro interessante... Obras Primas da Ficção Científica, espécie de coletânea de estórias que contribuíram para a consolidação e popularização do gênero literário... Um dos contos que mais me chamou a atenção foi "Viagem à Lua", publicado em 1650, por Cyrano de Bergerac, poeta, dramaturgo e escritor francês muito conhecido por sua personalidade irreverente e provocativa (além da figura marcante pelo nariz descomunal). Ainda hoje suas obras são traduzidas e inspiram artistas e admiradores mundo afora. Na estória, contada na primeira pessoa, o autor é enviado à Lua em um foguete e se depara com uma outra civilização, mais evoluída em tecnologia e organização. Na apresentação dessa coletânea, editado em 1966, Cyrano de Bergerac é destacado por ter imaginado o foguete como nave propulsora das viagens espaciais e pela invenção do gravador, além de ser um verdadeiro marco literário no campo da literatura.
Ano passado, visitei a feira do livro de Brasília, e passeando por um sebo, achei um livro interessante... Obras Primas da Ficção Científica, espécie de coletânea de estórias que contribuíram para a consolidação e popularização do gênero literário... Um dos contos que mais me chamou a atenção foi "Viagem à Lua", publicado em 1650, por Cyrano de Bergerac, poeta, dramaturgo e escritor francês muito conhecido por sua personalidade irreverente e provocativa (além da figura marcante pelo nariz descomunal). Ainda hoje suas obras são traduzidas e inspiram artistas e admiradores mundo afora. Na estória, contada na primeira pessoa, o autor é enviado à Lua em um foguete e se depara com uma outra civilização, mais evoluída em tecnologia e organização. Na apresentação dessa coletânea, editado em 1966, Cyrano de Bergerac é destacado por ter imaginado o foguete como nave propulsora das viagens espaciais e pela invenção do gravador, além de ser um verdadeiro marco literário no campo da literatura.
Mas o "gravador", conforme a apresentação do livro fez destacar, merece uma atenção maior, em virtude do detalhamento do objeto e do uso ao qual era feito pela civilização lunar. Peço licença para transcrever o trecho:
"... Assim que abri a caixa, observei um sistema de relojoaria de precisão extraordinária. Era na verdade um livro, mas de uma espécie estranha, destinado unicamente aos ouvidos e não aos olhos. Quando alguém se dispunha a "lê-lo", bastava dar corda ao mecanismo e mover o ponteiro para o capítulo que lhe interessava, do que resultava uma sequência de sons de tonalidades distintas com os quais os lunares exprimem os seus pensamentos.
Na estória, o objeto é descrito em forma e detalhes muito interessantes que não me atrevo a transcrever para que aqueles que apreciam o gênero possam ler oportunamente. O relato do autor chama muito a atenção não somente por vislumbrar um novo modelo tecnológico, mas por representar também o processo de uso do objeto, no caso, para o ensino e educação.
Considerando que nos encontramos em pleno debate sobre o uso de dispositivos tecnológicos para a modernização do processo de ensino, aprendizagem e educação, creio que Cyrano de Bergerac sonhara com o momento em que o conhecimento estivesse acessível a todos as pessoas a qualquer tempo e lugar, sem qualquer tipo de privilégio.
Talvez seja necessário mais uma geração para que o sonho do poeta se torne uma realidade. Mas quem sabe com os novos professores, nascidos em meio a tanta tecnologia, possamos admitir a possibilidade de usá-las efetivamente? Ficção ou realidade, já está passando da hora... ...boa viagem!
"... Assim que abri a caixa, observei um sistema de relojoaria de precisão extraordinária. Era na verdade um livro, mas de uma espécie estranha, destinado unicamente aos ouvidos e não aos olhos. Quando alguém se dispunha a "lê-lo", bastava dar corda ao mecanismo e mover o ponteiro para o capítulo que lhe interessava, do que resultava uma sequência de sons de tonalidades distintas com os quais os lunares exprimem os seus pensamentos.
Ao ponderar este sistema miraculoso, não me surpreendeu que os jovens daquele mundo fossem mais esclarecidos aos dezesseis e dezoito anos que os velhos da Terra, pois aprendiam a "ler" assim que sabiam falar. Podiam deslocar-se a qualquer parte acompanhados por material de leitura, que transportavam facilmente nos bolsos e punham em movimento quando lhes apetecia. ..."
Na estória, o objeto é descrito em forma e detalhes muito interessantes que não me atrevo a transcrever para que aqueles que apreciam o gênero possam ler oportunamente. O relato do autor chama muito a atenção não somente por vislumbrar um novo modelo tecnológico, mas por representar também o processo de uso do objeto, no caso, para o ensino e educação.Considerando que nos encontramos em pleno debate sobre o uso de dispositivos tecnológicos para a modernização do processo de ensino, aprendizagem e educação, creio que Cyrano de Bergerac sonhara com o momento em que o conhecimento estivesse acessível a todos as pessoas a qualquer tempo e lugar, sem qualquer tipo de privilégio.
Talvez seja necessário mais uma geração para que o sonho do poeta se torne uma realidade. Mas quem sabe com os novos professores, nascidos em meio a tanta tecnologia, possamos admitir a possibilidade de usá-las efetivamente? Ficção ou realidade, já está passando da hora... ...boa viagem!
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