Essa eu vivi de perto... vou evitar o nome pra não arrumar briga em casa... (irmão briga até depois de velho...).. Tinha um irmão dorminhoco... aqueles preguiçosos... que dão tudo pra curtir a cama... levantar... só no catranco... e o cara tinha uma sorte... trabalhava pertinho de casa... entrava às 9h. Acordava às 8h50 e conseguia chegar... todo dia era um sacrifício levantá-lo... a mãe começava às 8h... levanta filho... são 8h... levanta filho... são 8h15... e a ladainha ia até às 9h... quando o cara saia às pressas, caía dentro do uniforme e saia correndo pro trabalho. Quando dava às 10h... ele aparecia com a cara lambida pra tomar o café da mamãe... e a rotina era sempre a mesma... Mãe... que cara preguiçoso... deixa esse cara durmindo, mãe... tomara que seja punido no trabalho... cansei de reclamar... sempre em vão... a mãe admitia... ele é assim mesmo... seu irmão tem dificuldade pra levantar... Porém... certo dia, a mãe recebeu um queijo fresquinho... esses de fazenda... de um vizinho com parente na roça... êta queijo gostoso! A mãe acordou cedo pra fazer o café do pai (e o dela também... mãe gosta de um queijo frito... manteiga da roça...) eu saia cedinho... tinha que pegar ônibus... às vezes levava até marmita... mas às vezes tinha algumas benesses... fiquei na mesa vendo a mãe cortar o queijo... a frigideira com a manteiga... e o queijo derretendo... só o chiadinho da fritura... shiiiii... e o cheiro do queijo derretido invadia a casa... Num demorou muito... só vi o preguiçoso se esticando... "Humm, humm... nossa já tá na minha hora..!..." Bastou o barulhinho... o burburinho do queijo na frigideira pro sacana levantar!... Há, vagabundo... sentou, forrou e chegou cedinho no trabalho... moral da história... Pau que nasce torto... dependendo do vento... se contorce...
Como cidadão e observador do mundo, às vezes me sinto tocado por exemplos de vida muito interessantes... Há poucos anos tivemos o privilégio de acompanhar a figura ímpar do Sr. José Alencar, Vice-Presidente da República do Governo Lula. Que pessoa admirável... Sempre que o via na TV, fazia uma pausa para absorver o máximo de sua mensagem. Não quero aqui lembrar sua força diante do câncer que o consumiu... Mas lembrar de sua mensagem, o mais importante... Certo dia, ao falar do início de sua carreira como trabalhador, fiquei comovido ao saber que começou a trabalhar aos onze anos de idade. Imagine, uma criança mirrada a vender produtos de porta em porta para senhoras e famílias em seu bairro. O que mais me chamou a atenção foi seu testemunho sobre a importância que essa vivência lhe dera ao longo da vida. Ele foi taxativo ao criticar a nossa constituição que atualmente proíbe essa possibilidade. Ao contrário, ele nunca se sentiu explorado e valorizou muito ter tido essa oportunidade. H...
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