Como cidadão e observador do mundo, às vezes me sinto tocado por exemplos de vida muito interessantes... Há poucos anos tivemos o privilégio de acompanhar a figura ímpar do Sr. José Alencar, Vice-Presidente da República do Governo Lula. Que pessoa admirável... Sempre que o via na TV, fazia uma pausa para absorver o máximo de sua mensagem. Não quero aqui lembrar sua força diante do câncer que o consumiu... Mas lembrar de sua mensagem, o mais importante... Certo dia, ao falar do início de sua carreira como trabalhador, fiquei comovido ao saber que começou a trabalhar aos onze anos de idade. Imagine, uma criança mirrada a vender produtos de porta em porta para senhoras e famílias em seu bairro. O que mais me chamou a atenção foi seu testemunho sobre a importância que essa vivência lhe dera ao longo da vida. Ele foi taxativo ao criticar a nossa constituição que atualmente proíbe essa possibilidade. Ao contrário, ele nunca se sentiu explorado e valorizou muito ter tido essa oportunidade.
Há poucos dias, fui testemunha da realidade de muitas de nossas crianças. Em menos de meia hora em que estive na delegacia do Menor e do Adolescente (DCA) para resolver um problema de condomínio, pude ver de perto o estrago feito pelo Crack, merla e derivados. Vi pelo menos uma dezena de meninos apreendidos, por estarem trabalhando...!... Sim, trabalhando,... vendendo drogas na rodoviária e nas imediações do centro de Brasília, capital da oitava economia do mundo. Pequenos saquinhos com pedras de até um centímetro de diâmetro que permitem a muitos “menores aprendizes do crime” faturarem em um dia mais do que muitos trabalhadores de carteira assinada ganham por mês...
Outro detalhe chamou a atenção... era visível a falta de esperança dos policiais, abatidos, decepcionados. Em testemunhos que ouvi diziam que não adiantava o esforço que faziam, pois prendiam um e no outro dia já tinham dois no lugar fazendo o mesmo serviço. Um trabalho sem fim... Alegavam que, enquanto o Governo não tratasse a questão das drogas como uma questão social, polícia nenhuma, judiciário algum dariam jeito no problema.
Mas voltando ao Sr. José Alencar, agradeço muito o seu exemplo e faço aqui uma reflexão quanto à importância do trabalho para a educação de uma criança. Não sou professor, pedagogo, psicólogo, mas como pai de família e cidadão, aproveito o espaço para sugerir legislação que crie categoria de trabalho voltada à educação de crianças e adolescentes. Não é possível que menino ou menina não possam pintar ou limpar uma parede; não possam preparar a terra, plantar uma semente, alimento, uma árvore, uma flor; não possam cuidar de um jardim, arrumar a sua sala de aula, a sua escola, a sua casa, a sua cidade. As escolas bem que tentam ensinar princípios... quem não lembra dos jargões “sujou, limpou. Bagunçou, rrumou...” ...Mas é preciso mais!
Muitos pais têm medo de que o seu filho faça o trabalho, se comporte ou se pareça com um empregado doméstico. Criamos filhos para serem engenheiros, médicos, advogados... Em nossa educação, lavar um prato, limpar o chão, varrer a sujeira, na maioria das vezes, é castigo! É Trabalho menor, causa vergonha.
Sei que muitos pais são zelosos e corretos com os filhos e os ensinam a ser disciplinados em casa e a cumprir tarefas, oportunidade especial para sua formação,... isso vem de berço. Abençoados aqueles educados pelo exemplo. E ao dobrar a esquina? Qual é a nossa responsabilidade sobre a rua, sobre a cidade... Realmente é tudo papel do Estado?.. cuidar do lixo, limpar ruas, varrer calçadas, manter a escola limpa? Quem nunca viu um operário, ou mesmo um superexecutivo em seu carrão jogar lixo na rua...?
Façamos uma reflexão... Será que uma criança que pintou ou limpou a parede de sua escola será capaz de rabiscá-la...? Será que alguém que preparou e plantou um jardim tem a coragem de quebrar ou arrancar uma árvore? Será que alguém que prepara o seu próprio alimento, é capaz de jogá-lo no lixo, sem refletir sobre o trabalho necessário até que chegue a sua mesa?
Considerando a natureza humana, talvez eu esteja enganado... mas creio ser fundamental, que se faça uma seleção de tarefas importantes a ser ensinadas a uma criança em forma de trabalho. E que se permita que uma criança o exerça! Não gostaria de sugerir aqui, mas provoco a pergunta... Que tipo de trabalho uma criança pode fazer para que seja verdadeiramente educado? Aproveito ainda para agradecer a mensagem do nosso Ex-Presidente: concordo contigo, José Aléncar: não há mau nenhum em uma criança trabalhar.
Francisco Régis.
Há poucos dias, fui testemunha da realidade de muitas de nossas crianças. Em menos de meia hora em que estive na delegacia do Menor e do Adolescente (DCA) para resolver um problema de condomínio, pude ver de perto o estrago feito pelo Crack, merla e derivados. Vi pelo menos uma dezena de meninos apreendidos, por estarem trabalhando...!... Sim, trabalhando,... vendendo drogas na rodoviária e nas imediações do centro de Brasília, capital da oitava economia do mundo. Pequenos saquinhos com pedras de até um centímetro de diâmetro que permitem a muitos “menores aprendizes do crime” faturarem em um dia mais do que muitos trabalhadores de carteira assinada ganham por mês...
Outro detalhe chamou a atenção... era visível a falta de esperança dos policiais, abatidos, decepcionados. Em testemunhos que ouvi diziam que não adiantava o esforço que faziam, pois prendiam um e no outro dia já tinham dois no lugar fazendo o mesmo serviço. Um trabalho sem fim... Alegavam que, enquanto o Governo não tratasse a questão das drogas como uma questão social, polícia nenhuma, judiciário algum dariam jeito no problema.
Mas voltando ao Sr. José Alencar, agradeço muito o seu exemplo e faço aqui uma reflexão quanto à importância do trabalho para a educação de uma criança. Não sou professor, pedagogo, psicólogo, mas como pai de família e cidadão, aproveito o espaço para sugerir legislação que crie categoria de trabalho voltada à educação de crianças e adolescentes. Não é possível que menino ou menina não possam pintar ou limpar uma parede; não possam preparar a terra, plantar uma semente, alimento, uma árvore, uma flor; não possam cuidar de um jardim, arrumar a sua sala de aula, a sua escola, a sua casa, a sua cidade. As escolas bem que tentam ensinar princípios... quem não lembra dos jargões “sujou, limpou. Bagunçou, rrumou...” ...Mas é preciso mais!
Muitos pais têm medo de que o seu filho faça o trabalho, se comporte ou se pareça com um empregado doméstico. Criamos filhos para serem engenheiros, médicos, advogados... Em nossa educação, lavar um prato, limpar o chão, varrer a sujeira, na maioria das vezes, é castigo! É Trabalho menor, causa vergonha.
Sei que muitos pais são zelosos e corretos com os filhos e os ensinam a ser disciplinados em casa e a cumprir tarefas, oportunidade especial para sua formação,... isso vem de berço. Abençoados aqueles educados pelo exemplo. E ao dobrar a esquina? Qual é a nossa responsabilidade sobre a rua, sobre a cidade... Realmente é tudo papel do Estado?.. cuidar do lixo, limpar ruas, varrer calçadas, manter a escola limpa? Quem nunca viu um operário, ou mesmo um superexecutivo em seu carrão jogar lixo na rua...?
Façamos uma reflexão... Será que uma criança que pintou ou limpou a parede de sua escola será capaz de rabiscá-la...? Será que alguém que preparou e plantou um jardim tem a coragem de quebrar ou arrancar uma árvore? Será que alguém que prepara o seu próprio alimento, é capaz de jogá-lo no lixo, sem refletir sobre o trabalho necessário até que chegue a sua mesa?
Considerando a natureza humana, talvez eu esteja enganado... mas creio ser fundamental, que se faça uma seleção de tarefas importantes a ser ensinadas a uma criança em forma de trabalho. E que se permita que uma criança o exerça! Não gostaria de sugerir aqui, mas provoco a pergunta... Que tipo de trabalho uma criança pode fazer para que seja verdadeiramente educado? Aproveito ainda para agradecer a mensagem do nosso Ex-Presidente: concordo contigo, José Aléncar: não há mau nenhum em uma criança trabalhar.
Francisco Régis.
Chico, obrigado pela linda linda mensagem!
ResponderExcluirTodos nós da família ficamos muito felizes em saber que a nossa mãe, que foi tão importante para quem conviveu com ela, conseguiu alcançar e sensibilizar pessoas como você através do seu trabalho.
A idéia do Centro Cultural foi exatamente para disseminar os valores que ela nos ensinou. Seria muito legal se você pudesse nos visitar e conhecer o trabalho. E participar também.
Ligue para marcarmos uma visita. Gostaríamos de te conhecer pessoalmente. Nosso telefone é 021 2268 1142. Fala com minha Irmã Vera. Um grande abraço!
André Guimarães.
André Guimarães
Gerente Comercial
Olá, André. Salve!... Estou triste por não ter observado a sua mensagem no meu blog. Mas já estou com os contatos e na primeira oportunidade, farei uma visita à casa. Muito obrigado pelo retorno, Francisco Régis.
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